O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou esta terça-feira o arranque da segunda fase da vacinação contra COVID-19.
Segundo Cyril Ramaphosa, citado pela Lusa, a meta da África do Sul é vacinar 40 milhões de pessoas na segunda fase do processo de vacinação que decorrerá durante seis meses a partir de Maio e contará com dois mil pontos de vacinação em todo o país.
O chefe de Estado sul-africano, que falava ao país pela televisão pública, disse que o país concluirá em três meses a primeira fase da vacinação iniciada em Fevereiro que envolveu os profissionais de saúde.
Até ao momento, de acordo com dados partilhados pelo Presidente Ramaphosa, mais de 250 mil profissionais de saúde foram imunizados com a vacina da Johnson & Johnson contra a COVID-19, salientando que a próxima prioridade das autoridades da saúde sul-africanas são os “grupos de risco”, nomeadamente com mais de 60 anos.
Para o efeito, o Governo da África do Sul criou uma plataforma digital onde as pessoas que pretendem ser vacinadas se podem registar e receber posteriormente um certificado digital de vacinação.
Cyril Ramaphosa admitiu “atrasos” no processo de vacinação na África do Sul, acrescentando que “o país deverá cumprir as suas metas”.
O Presidente da República sublinhou que a procura de vacinas em todo o mundo tornou-se “extremamente competitiva”, garantindo que as vacinas que a África do Sul está em processo de adquirir permitirá ao país alcançar a imunidade de grupo da população de cerca de 59 milhões de habitantes o “mais depressa possível”.
O chefe de Estado anunciou que o Governo de Pretória assegurou já 11 milhões de doses da vacina Johnson & Johnson, “que é eficiente contra as variantes” no país, estando em conclusão o processo negocial para a aquisição de 20 milhões de doses adicionais da mesma farmacêutica.
“Estamos também a concluir um acordo com a Pfizer para o fornecimento de 20 milhões de doses. As doses que o país está a tentar adquirir irá permitir vacinar cerca de 40 milhões de pessoas, e o Governo está a negociar a aquisição de outras vacinas, incluindo a Sinovac, Sinopharm e Sputunik V”, afirmou Ramapahosa, citado pela Lusa.
A farmacêutica sul-africana Aspen irá fabricar localmente a vacina contra a COVID-19 da Johnson & Johnson, numa unidade industrial situada na província do Cabo Oriental, sudeste do país, com capacidade de produção para 300 milhões doses por ano, referiu o chefe de Estado.
“No início desta semana, o African Vaccine Acquisition Trust assinou um acordo de aquisição em nome dos países membros da União Africana para 220 milhões de doses da vacina Johnson & Johnson”, declarou.
“Este acordo é significativo para África, não só porque concretiza a nossa determinação de que nenhum país fique para trás, mas também porque estas vacinas serão produzidas aqui mesmo no nosso continente”, referiu o Presidente sul-africano.
Na sua breve comunicação ao país, Ramaphosa sublinhou que o país vai manter o confinamento de nível um durante a quadra festiva da Páscoa, embora com “pequenas” medidas ajustadas, devido ao número reduzido de novos casos de infecção da COVID-19, que “permaneceu em média estável nas últimas duas semanas”.
Vibes de Moz
Sem comentários:
Enviar um comentário