O ex-presidente do Peru, Martin Vizcarra, testou positivo para o novo coronavírus, seis meses depois de ter beneficiado de vacinação antecipada, que originou um escândalo político.
Apesar dos cuidados necessários para evitar trazer o vírus para casa, a minha esposa e eu tivemos resultado positivo para a covid-19 e somos sintomáticos. A minha família está a tomar as medidas de isolamento necessárias. Não vamos baixar a guarda”, lê-se numa publicação partilhada na conta oficial de Martin Vizcarra na rede social Twitter.
O contágio ocorreu na semana em que o ex-presidente foi proibido, pelo Congresso, de exercer cargos políticos, por ter sido vacinado indevidamente em outubro com doses da Sinopharm.
Martin Vizcarra não poderá por isso ocupar o lugar de deputado para o qual foi recentemente eleito.
O ex-presidente do Peru, de 58 anos, está envolvido num escândalo batizado ‘Vacinagate’. Em fevereiro, ficou a saber-se que um grupo de 470 pessoas tinha sido vacinado secretamente contra a covid-19, antes do arranque oficial da campanha de vacinação.
O escândalo levou à demissão da ministra da Saúde, Pilar Mazzettu, e da dos Negócios Estrangeiros, Elizabeth Astete.
Martin Vizcarra nega ter sido vacinado indevidamente. O ex-governante alega que ele, o seu irmão e a sua mulher foram voluntários num ensaio clínico, que aconteceu antes do início oficial da campanha de vacinação.
Vibes de Moz
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