Mais de nove mil pessoas fugiram da vila de Palma, no norte de Moçambique, desde o ataque terrorista perpetrado no dia 24 de Março. Entre os nove mil deslocados, há várias crianças, muitas das quais estão sem aulas.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários afirma que há milhares de pessoas ainda a caminhar pela floresta em busca de locais seguros, e refere que um número ainda desconhecido de deslocados está em Quitunda, 15 quilómetros a sul de Palma.
Adérito levou refeição para a sua família, com a qual acabou de se reencontrar depois de oito dias em que andavam a fugir dos terroristas. “E nos encontrarmos hoje desde que saíram na segunda-feira. Ainda falta a minha segunda mulher, com quem está uma criança de oito meses e outra de quatro anos”.
Desde segunda-feira, sua primeira mulher e seus cinco filhos, com os quais tomaram o almoço, aguardavam por um avião para sair de Afungi para Pemba.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários considera que “a situação continua volátil e milhares de pessoas estão em movimento em busca de segurança e assistência”, no distrito de Palma, depois de o movimento terrorista Estado Islâmico ter reivindicado, na passada segunda-feira, o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.
Os colaboradores humanitários estão a distribuir alimentos aos deslocados, a montar instalações sanitárias e a encaminhar as pessoas que precisam de cuidados médicos mais urgentes.
Em termos de famílias estão no centro de acomodação cerca de 50, o equivalente a perto de 250 pessoas. O grande desafio tem que ver com a alimentação que até agora está a ser garantida por doações de pessoas de boa vontade e canalisada aos deslocados através de voluntários.
Vibes de Moz
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