Os preços de alguns produtos da cesta básica, como óleo vegetal, açúcar e sabão registam, desde as últimas quatro semanas, uma tendência crescente de preços nos principais mercados e outros estabelecimentos comerciais da Cidade de Nampula, província nortenha com o mesmo nome.
Fonte da direcção provincial da Indústria e Comércio disse, à AIM, que a variação de preços, com tendência de subida, regista-se em praticamente todos os mercados.
A título de exemplo, o litro de óleo vegetal que era comprado entre 80 a 90 meticais, passou a custar 100 meticais, enquanto o quilograma de açúcar castanho subiu de 67 para 72 a79 meticais e uma barra de sabão subiu de 30 a 35 para 50 meticais.
“A farinha de milho e o arroz corrente, mantêm os seus preços de 43 e 50 meticais/quilograma, respectivamente, disse a fonte.
A AIM efectuou uma ronda e constatou que o preço de um litro de óleo refinado, produzido localmente é vendido a 146 meticais e o arroz de primeira a 70 meticais/quilograma.
Foi igualmente possível verificar que os produtos agrícolas estão de volta as bancas nos mercados formais e informais, o que provocou uma ligeira baixa de preços.
Em contraste, no mercado grossista do “Waresta”, que abastece Nampula e o resto da zona norte, o número de clientes tende a baixar.
O director daquele mercado, Inácio Pilopilo, atribui o facto ao fraco poder de compra de maioria dos cidadãos, muitos dos quais que ficaram sem as suas rendas habituais, em consequência da Covid-19.
“A nossa média diária, num tempo normal de colheita, como agora, era de 25 mil clientes/dia. Hoje, não vamos além dos 16 mil. O poder de compra diminuiu, contudo mantemos o mesmo número de vendedores, 2.500, onde 500 são mulheres”, anotou.
Segundo Pilopilo, o produto em demasia e que enche os armazéns é o milho fresco, de produção local e o seco, grande parte importado da Zâmbia.
“Estamos a receber por dia até 80 toneladas, 50 proveniente da Zâmbia e o restante de Milange, província da Zambézia, além de que temos outros cereais em grande quantidade e ainda leguminosas; os feijões oloco, jugo e buere”, explicou.
Pilopilo revelou que, no mercado do Waresta, estão a ser descarregados, diariamente, amendoim, repolho, cenoura, tomate e outras hortícolas, produzidos nos distritos de Malema e Ribáuè.
“O amendoim novo está a 120 meticais cada quilograma e o velho a 130. Um saco com 65 unidades de repolho custa entre 700 a 800 meticais, enquanto o feijão manteiga ronda entre 90 o seco e 65 meticais o fresco, por quilograma”, informou.
Segundo constatou a AIM, um quilograma de tomate chegou a ser vendido entre 100 a 120 meticais, nos meses de Janeiro e Fevereiro, tendo baixado agora para 80 meticais. Cebola esteve a 80 meticais e desceu para 55, enquanto a batata-reno nacional pode ser comprada, actualmente, a 35 contra os anteriores 55 meticais.
Sobre a alta de preços, o governador da província de Nampula, Manuel Rodrigues, afirmou ser um assunto que será discutido com os empresários.
“Temos muita farinha, empresas locais que produzem óleo, é um aspecto para vermos com os operadores dessas áreas para que não haja esse peso no bolso do cidadão”, explicou o governador a jornalistas.
Porém, Rodrigues aventa a possibilidade de “eventualmente, haver razões que tenham a ver com importação de alguma matéria-prima, mas, temos que ver, para que se faça justiça nos preços em benefício dos consumidores. É um desafio e vamos avaliar com os próprios operadores”.
Vibes de Moz
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